Produção de radiofármacos
Radiofármacos são substâncias emissoras de radiação utilizadas na medicina para radioterapia e para exames de diagnóstico por imagem. A produção de radiofármacos pelo IEN reflete a preocupação do Instituto em atender às demandas da sociedade. Essa atividade teve origem com a aquisição, em 1974, do acelerador de partículas Cíclotron CV-28 de energia variável, o que deu início ao desenvolvimento de métodos de produção de radionuclídeos para diferentes aplicações e a produção experimental para uso médico.
Em 1998, o Instituto começou a produção em larga escala do radionuclídeo iodo-123 livre de impurezas. Na forma de iodeto de sódio, ele é usado para o diagnóstico de disfunções da tireóide, em substituição ao iodo-131, proporcionando 60 vezes menos doses radiológicas aos pacientes e 6 mil vezes menos impacto ambiental.
Outro radiofármaco sintetizado com o iodo-123, a molécula metaiodobenzilguanidina (MIBG) é utilizada no diagnóstico de doenças cardíacas, atendendo a uma grande demanda no país. Hoje, o IEN fornece o iodeto de sódio e a MIBG marcados com o iodo-123 ultrapuro a clínicas e hospitais de diversos estados.
Revolução em diagnósticos
Em 2003 foi instalado o segundo acelerador de partículas do IEN, o Cíclotron RDS 111, para produção do radionuclídeo flúor-18. Este isótopo emissor de pósitrons é utilizado no IEN para a síntese do radiofármaco flúor-desoxiglicose (FDG). A substância, utilizada com equipamentos de imagem PET (sigla em inglês para tomografia por emissão de pósitrons) ou Spect (sigla em inglês para tomografia computadorizada por emissão de fóton único), é responsável por uma revolução nos exames diagnósticos em cardiologia, oncologia, neurologia e neuropsiquiatria.
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Capela blindada de fluxo laminar: cria um ambiente estéril para testes de controle de qualidade dos radiofármacos. |
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Embalagens de chumbo e PVC são usadas no transporte dos radiofármacos. |
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